OUTRAS CIRURGIAS


Prolapso de Gordura Orbitária (ver Vídeo aqui)

Paciente do sexo masculino de 51 anos, com prolapso de gordura orbitária nos quadrantes temporais do olho esquerdo. A correcção cirurgica foi realizada sob anestesia local.

  
Aspecto do olho esquerdo antes da cirurgia

  
Um mês após a cirurgia.

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Tatuagem da Córnea

Paciente de 31 anos com leucocória (pupila branca) congénita por persistência hiperplástica de vítreo primário (malformação fetal caracterizada pela persistência de vários componentes do vítreo primário e, com frequência, pela presença de catarata total) no olho esquerdo.

Por razões estéticas usou, durante vários anos, lente de contacto com zona central preta. Desenvolveu intolerância ao uso de lente de contacto nesse olho.

Realizou tatuagem da região central da córnea (4,5mm centrais) com o objectivo de criar uma nova pupila.

 
 
Fotografias tiradas uma semana após a tatuagem.
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Pupiloplastia

Paciente de 67 anos operado à catarata do olho direito.
Durante a cirurgia houve traumatismo da íris do qual resultou coloboma (ausência de parte do tecido) no quadrante inferonasal. 


Olho direito após cirurgia de catarata (Coloboma traumático da íris resultante da cirurgia de catarata)


Aspecto do olho direito no dia seguinte à Pupiloplastia.
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Pterígeo (consulte Vídeo de Exérese de Pterígeo aqui)

Pterígeo é o crescimento anormal sobre a córnea, de tecido fibrovascular contínuo com a conjuntiva, geralmente do lado nasal.

As indicações para a sua excisão incluem o desconforto do paciente, distorção da visão pelo significativo astigmatismo induzido, crescimento progressivo em direcção ao eixo visual e limitação dos movimentos oculares.

Há uma grande variedade de técnicas cirúrgicas para a sua remoção mas, quando os pterígeos têm grandes dimensões ou recidivam, a técnica mais usada é o transplante límbico/conjuntiva autólogo (i.é. tecido do próprio paciente).

Outra indicação para este tipo de transplante é a perda de células estaminais límbicas – steam cells. Estas células podem ser destruídas como resultado de queimaduras químicas, excesso de uso de lentes de contacto, múltiplas cirurgias oculares, infecções repetidas ou uso prolongado de medicação tópica.

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Cirurgia de Pterígeo – Transplante Límbico Autólogo do olho contra-lateral em paciente monocular

Paciente de 51 anos, monocular (sem visão do olho esquerdo desde os dois anos de idade).
Pterígeo nasal do olho direito com atingimento do eixo visual, que diminuia drásticamente a sua visão.


A 4ª fotografia mostra o olho esquerdo (sem função visual) ao qual foi retirado um retalho límbico superior que, de imediato, foi transplantado para a região nasal do olho direito.
Foi realizada exérese total do Pterígeo nasal do olho direito associada a transplante de retalho límbico autólogo do olho contra-lateral.




Fotografias mostram aspecto do olho direito, quatro meses após a cirurgia.


Antes e após a cirurgia.

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Membrana Amniótica em olho perfurado por úlcera de córnea herpética

Trabalhador da construção civil de 53 anos.
Úlcera de córnea herpética (Herpes simples tipo I) central do olho direito com 1 ano de evolução.
Enviado ao serviço de urgência por apresentar Descemetocelo central em risco de perfuração.
Colocação de membrana amniótica, enquanto se aguardava colheita de córnea para posterior realização de transplante.


Fotografias tiradas 1 dia após a colocação da membrana amniótica. A membrana está fixa à córnea através de vários pontos (monofilamento 10/0).


Fotografias tiradas 1 semana após a realização de transplante de córnea.
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Lente de Câmara Posterior subluxada (ver Vídeo aqui)

Paciente de 84 anos com antecedentes de cirurgia de catarata ao olho direito.
Recorre à consulta por “ter deixado de ver” do referido olho há cerca de quinze dias.
Nega traumatismo ocular ou outro.

 
 
Aspecto do olho quando a paciente recorreu à consulta.
Na primeira fotografia observa-se o bordo superior da lente de câmara posterior (implantada em simultâneo à cirurgia de catarata) junto ao bordo infero-nasal da pupila. Por este motivo a paciente tinha apenas projeção luminosa (só sabia identificar a direção da luz).
Após dilatação farmacológica da pupila observamos que, provavelmente durante a cirurgia de catarata, houve rutura da cápsula posterior (foto 3). Também observamos na última fotografia a presença de pseudoexfoliação. Estes dois fatores contribuiram certamente para a subluxação da lente e consequente perda de visão.


Fotografias tiradas 15 dias após a cirurgia.
A paciente tem acuidade visual do olho direito de 9/10 sem correção.
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Dacriocistorrinostomia (DCR) externa (ver Vídeo aqui)

Mulher de 47 anos com vários episódios de dacriocistite (infecção do saco e vias lacrimais) do lado esquerdo, há mais de seis meses. Criei uma fístula entre o saco lacrimal e a cavidade nasal (dacriocistorrinostomia (DCR)) via externa, com entubação bicanalicular, com tubos de silicone. Os tubos de silicone serão retirados cerca de quatro meses após a cirurgia.

DCR externa versus endonasal (com Laser)
A DCR endonasal com Laser oferece vantagens potenciais em comparação com a DCR via externa, no entanto, tecnicamente pode ser impossível realiza-la e temos que optar pela DCR externa.
Determinadas condições dificultam ou até mesmo impedem a remoção óssea via nasal (ex: grande espessamento ósseo, fracturas, falta de espaço que não permite o acesso à área da osteotomia).
A melhor opção para situações de obstrução alta do saco lacrimal ou de saco lacrimal atrófico é a DCR externa como se mostra neste vídeo.

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Chalázio

Chalázio é um quisto da pálpebra causado pela inflamação de uma das glândulas que produzem material sebáceo (glândulas de Meibomius) localizadas nas pálpebras superior e inferior.
                                        

Extracção de um chalázio no terço médio da pálpebra inferior do olho esquerdo de um paciente de 16 anos, realizada com anestesia local.
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10 comentários

  1. Bom dia! Meu nome é Renata e tenho uma filha de 1 ano e 1 mês de vida.procurando na Net encontrei este site q fala um pouco sobre coloboma ocular, minha filha nasceu com um coloboma ocular na vista direita sendo a esquerda normal, o coloboma afetou a Iris do olho e é notável q um olho é maior q o outro….Há divergências nos diagnósticos feitos pelos médicos do meu estado pois um diz q ela enxerga pouco , o outro diz q não e a outra diz q quase nada enfim…foram 5 medicos e estamos na mesma….Por favor me de uma luz , gostaria de saber se existe implante, cirurgia para q pelo menos a Iris do olho dela fique do mesmo tamanho mesmo q ela não enxergue. Por favor atenda esta mãe desesperada…

  2. Os meus cumprimentos Dª. Renata.
    O termo Coloboma quer significar que uma parte de uma ou de várias estruturas do olho, não estão presentes. Esta ausência pode ter origem embrionária (malformação) ou pode ser adquirida (traumática).
    O coloboma que a sua filha apresenta no olho direito pode só atingir a íris e, nesse caso, a sua filha não terá qualquer problema de visão (poderá apenas ter um pouco mais de sensibilidade à luz e um pouco de dificuldade á noite). Quando a sua filha tiver completado o seu desenvolvimento é possível corrigir esse "defeito" cirurgicamente diminuindo assim as queixas que eventualmente ela possa ter (fotofobia e visão nocturna) ficando o olho esteticamente semelhante ao olho esquerdo. Se o coloboma for mais extenso e, para além da íris atingir outras estruturas oculares, nomeadamente a retina e o nervo óptico, a visão da sua filha poderá estar comprometida dependendo do grau de atingimento das referidas estruturas. É importante realçar que o olho esquerdo (aparentemente normal) também deve ser cuidadosamente examinado (especialmente a nível da retina e do nervo óptico).

    Álvaro Sá

  3. Olá meu filho nasceu, e tem coloboma inferior de íris no olho esquerdo, há a possibilidade de cirurgia estética para que fique igual ou semelhante ao outro olho, pois ele tem os olhos azuis, lindo e esse coloboma é bem imperceptível, pois ninguém nota, qual o valor da cirurgia ou onde o senhor atende? Grata!

  4. Os meus cumprimentos Dª. Michelle.
    Sim, é possível. O procedimento chama-se Pupiloplastia (ver fotos acima). É, no entanto, importante estudar a anatomia do segmento anterior e posterior do olho do seu filho e ponderar qual a melhor altura para realizar a cirurgia.
    Neste blog tem todos os meus contactos.

    Álvaro Sá

  5. Olá Doutor Álvaro, eu lhe mandei um e-mail, mas creio que o senhor não deve ter recebido, pois não obtive retorno. Mas meu filho acabou de completar 8 meses, fizemos o exame novamente de rotina e graças a Deus, realmente o coloboma é bem discreto, olho direito parte inferior. Queria saber com que idade é aconselhável fazer essa pupiloplastia, ou se é melhor esperar uns 5 ou 10 anos, quem sabe até lá se faz com laser, quais os riscos desta cirurgia ou consequências? Desde já agradeço muitíssimo sua atenção e se tiver mais fotos de cirurgias realizadas, seria interessante. Abraços.

  6. Os meus cumprimentos Dª. Michelle.
    Se o coloboma da íris é discreto, pode não ser necessário realizar a pupiloplastia. Aguarde mais alguns anos. O maior risco deste tipo de cirurgia é catarata que pode surgir caso haja traumatismo do cristalino com a agulha usada para realizar a pupiloplastia.

    Álvaro Sá

  7. Prezado Dr.

    Tenho uma pergunta sobre a cirurgia de Pupiloplastia.
    Realizarei uma cirurgia de catarata juntamente com Pupiloplastia pois devido a um descolamento de retina desenvolvi catarata e minha pupila ficou dilatada. (O descolamento foi há cerca de 14 meses e desde então a pupila esta dilatada).

    Quanto tempo devo ficar afastado do trabalho após esta cirurgia?

    Obrigado,

  8. Os meus cumprimentos Dª Nilza Lima.
    Ficar com a pupila dilatada (midriase fixa) após uma cirurgia de descolamento de retina não é frequente.
    O desenvolvimento de uma catarata após a vitrectomia é frequente.
    Após a cirurgia de catarata com pupiloplastia, deve evitar esforços fisicos e/ou inclinar a cabeça de forma repentina, aproximadamente durante uma semana.

    Álvaro Sá

  9. Olá De Álvaro
    Tenho um bebê de 4 meses que tem a pupila do olho direito fica maior que a outra.Já levei ele em dois oftalmologista que não souberam dizer a causa disso apenas que os olhos dele ta normal.Cheguei a leva-lo no neurologista que TB só disse que sua parte neurológica ta tudo normal.Mas já estou desesperada,pois não consigo descobrir o que meu filho tem,por isso peço sua ajuda por favor

  10. Os meus cumprimentos.
    Praticamente todas as pessoas têm uma pupila com o diâmetro maior do que a outra (anisocoria). Em cerca de 20% das pessoas essa desigualdade é visível a olho nu e não se traduz em nenhuma doença. Se dois oftalmologistas e um neurologista lhe disseram que estava tudo bem, o seu bébé provavelmente faz parte do grupo de pessoas em que a anisocoria é evidente à vista desarmada.

    Álvaro Sá

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